What a difference 29 years make. Ironbound in 2000 was a far cry from Ironbound in 1971-1973.
The number of Brazilians walking around the Ironbound streets in 2000 was much bigger and different. In the 1970s they were mostly Mineiros & Paraenses with a Paulista minority made up the Brazilian mix...now there were Paranaenses & Gauchos and everyone else.
There were no Portuguese-speaking evangelical churches then, nor Brazilian press either. Weekly 'Brazilian Voice' no doubt had its name inspired by the (Greenwich) 'Village Voice'...and was eagerly read by the migrants.
In the 1970s, Brazilians were resigned to never speak to their loved ones left in the old country once they arrived in the USA. Now, one had telephone exchanges in the main roads where one could talk for hours with relatives without being bankrupt.
Saint Stephan's Lutheran Church in the Ironbound...at intersection Ferry Street & Wilson Avenue.
The issue here is the fact that certain people refer to the United States of America as simply America, which leaves certain sensibilities unsettled, and with good reason. The name America was a tribute paid to Amerigo Vespucci, a Florentine navigator in the service of the Kingdom of Portugal, who proved that Christopher Columbus was wrong in asserting he had arrived in India on 12 October 1492, but rather, discovered a new continent. In fact, poor Columbus died thinking he had arrived in India.
Vespucci claimed to have understood in 1501 (after having traveled there twice) that Brazil was part of a fourth continent unknown to Europeans, which he called the "New World". The claim inspired German cartographer Martin Waldseemüller to recognize Vespucci's accomplishments in 1507, by applying the Latinized form "America" to a map showing the New World. (Wikipedia).
The problem with the United States of America is that, as Caetano Veloso sang in his 1967, 'Soy loco por ti, America', this is a country without a name. Yes, it is a country without a name.
In the early 1600s, when the English began to inhabit these lands on the American continent, each colony had its own name: Virginia, New York, New Jersey, Massachusetts, etc. Over time, they came together and called themselves the United States of America. But the country itself was left without a name. This is a federation, not a country.
And like today, Portugal, the United Kingdom, Italy, France and 8 other countries in the European Common Market decided to become a Federation, calling this federation the European Community, but each country has kept its own name. Now, here in the U.S.A., things weren't very well thought out, perhaps they didn't think that one day they would be a homogeneous country and not a federation.
The fact is that this is a country without a name. This is the source of all this confusion.
Maybe if reader Adinam Nogueira knew all these facts he wouldn't be so outraged to see certain Brazilians referring to the United States as 'America'. The poor things don't have a name. Perhaps the right thing to do would be to call the country as the United States and the inhabitants Americans. But Canadians and Mexicans are also North Americans... Try to get out of this.
Luiz Amorim, Newark (NJ)
Brazilian journalist Roberto Lima (37 years old) writes about something all migrants bitterly know: Sunday is arguably the worst day of the week. Monday through Friday glides along effortlessly for one usually works and don't have time to think about his plight. On Saturday, he usually goes shopping, goes to the movies or else... but on Sunday, especially those who don't have children, he stares into his loneliness in such a way that it is really painful.
Ontem foi domingo, um domingo plúmbeo (leaden Sunday), que nem de longe deixou transparecer um domingo de primavera. Quase enlouqueci. Acho que o fato de ter sido véspera de um feriado também ajudou, transformando as ruas de Kearny num pavilhão de escombros. Fiquei inconsolável com o panorama que se desenhou diante de meus olhos. Da janela do apartamento vislumbrei o manto cinza (grey cloak) que cobria a tarde, trazendo de reboque a lembrança de muitos outros domingos melancólicos (gloomy Sundays) de minha vida.
Sempre vi o dia que Deus descansou de uma forma morna, ressaqueada (hung-over) como se algo tivesse se quebrado, ou reerguido das cinzas, dentro de mim. Essa sempre foi a percepção. Em alguns domingos, penso que o mundo vai se esvair em marasmo (doldrums) e melancolia.
Em 1986, aos 23 anos de idade (Roberto Lima was born in 1963), escrevi um livro de poesias, que batizei de 'Tango Fantasma', título de um dos poemas da obra. Nesse poema específico eu falava da solidão de um domingo, que nascia parido da solidão de outros tantos domingos, e de um sujeito que perdera a esposa e amante durante um único ciclo de sete dias.
A primeira mulher, ele perdera para a monotonia do casamento. A segunda, para um profissional liberal que havia contratado para cuidar do caso de sua separação com a primeira. Modernoso, triste, probabilíssimo.
Lembro-me que escrevi esse poema num domingo à tarde, após retornar de um almoço na casa do poeta Marcos Pizano. As ruas de Governador Valadares-MG estavam desertas, e quando tomei o ônibus para São Raimundo, tive uma forte impressão que tinha entrado num trem-fantasma. Apenas o motorista e o trocador fizeram-me companhia durante toda a viagem, o lotação saltando como um cabrito sobre a estrada esburacada.
No alto-falante do teto do ônibus a voz de Chico Buarque cantava: 'Ó pedaço de mim, ó metade arrancada de mim'... Cheguei em casa aos frangalhos, sentindo o peso de uma barra pesadíssima que aquele domingo implacável havia jogado sobre mim. E nunca mais me curei. E assim continua sendo, os domingos se repetindo com os mesmos contrastes, escrevendo uma história com pedaço de carvão sobre uma superfície de pedra.
E é por isso e por muito mais, que meus domingos serão sempre de almoço em família. De irmã chegando com filho pequeno no colo, de mãe mexendo a comida no fogão, de sobrinhos indomáveis correndo pela casa, como se ali fosse o pateo da escola durante o recreio. Meus domingos foram, são e serão sempre de macarronada, de frango assado com farófa, de impadão de camarão, e de salada de legumes cozidos com mayonese.
Roberto Lima wrote this chronicle to 'Brazilian Voice' from 7 May to 13 June 2000.
Staff who wrote for 'Brazilian Voice' in their offices in Newark, N.J., Framingham, MA and Pompano Beach, Florida.Cubu, (on the left) a patron of Salão Brasil-USA, Maury Lima, the coiffeur & Josué.
Portugal Day was celebrated on 10 and 11 June 2000, in the Ironbound.
A onda de calor que invadiu Newark, N.J. no sábado, 10 e domingo, 11 Junho 2000, fez com que as ruas do Ironbound ficassem lotadas de pessoas de várias comunidades que vieram prestigiar a importante data portuguêsa. Desde a manhã de sábado, já era grande a concentração de pessoas ao longo da Ferry Street, popularmente conhecida como Portugal Avenue pela comunidade lusa.
O forte cheiro de sardinha assada enchia o ar e abria o apetite de quem passava perto das enormes churrasqueiras espalhadas por toda parte. Ambulantes vendiam toda sorte de miudezas. Restaurantes locais não perderam tempo e colocaram cadeiras e mesinhas nas calçadas. Havia bandeirinhas portuguêsas por todos os stands. O consumo de água gelada e cerveja quase superou o do tradicional vinho.
Na tarde de domingo, 11, houve desfile de carros alegóricos representando as várias regiões de Portugal e grupos folclóricos da comunidade lusa. No desfile também participou o Fire Department do Ironbound e caminhões de cargas de empresas operadas por lusitanos. O clima de alegria e orgulho de ser português era fortemente sentido.
A maior concentração de brasileiros ocorreu no início da Ferry Street, onde foi instalado um caminhão de som tocando MPB. Apesar do clima de festa houve brigas entre indivíduos na multidão que se aglomerou na frente do caminhão. Vamos aprender a nos divertir, meus brazucas. Evoluir é preciso.
Essex County's Sunday Star-Ledger of 1st July 2001, says Visitors say 'Newark's nice, but...' In case one needed a fake ID, a Driver's License or a bogus Green Card, one must bring this flyer along. Ask for Roman or Alex (2000).
No comments:
Post a Comment